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Há vinte anos, quando se falava em comércio de imóveis, esta atividade era programada para atingir famílias com quatro ou cinco membros. Com as mudanças socioeconômicas da sociedade brasileira, o mercado imobiliário foi obrigado a se adequar a uma outra realidade.

Seja qual for o projeto a ser elaborado, um quesito é unanimidade para os arquitetos: a qualidade social. Espaços generosos em área ou compactos devem atender às necessidades do cliente e serem sinônimos de conforto e aconchego. O arquiteto Paulo Gusmão, responsável pela assinatura de diversos projetos de empreendimentos imobiliários do estado, destacou as mudanças que a arquitetura precisa acompanhar.

“Temos visto se configurar, cada vez mais, um modelo de comportamento em que as pessoas estão mais intimistas. Hoje, por questões de segurança, por exemplo, ou outros fatores, as pessoas preferem se confraternizar em casa ou na casa de amigos e isto pede espaços que sejam projetados para esta finalidade, como é o caso das varandas gourmet, muito procuradas nos empreendimentos imobiliários, ultimamente”, relatou.

Outro conceito que vem sofrendo mudanças é o que chamamos de imóveis de alto padrão. O arquiteto explica que hoje o alto padrão não está associado, necessariamente, ao tamanho. É possível ter apartamentos compactos, bem elaborados, à uma quadra da beira-mar, atendendo às diferentes estruturas sociais que se formam, com mais força, a cada dia.

“Hoje a mulher não sai de casa apenas para casar. Nós temos a mulher independente, bem sucedida, que optou por morar só, ou que tem um filho. Ela precisa de um espaço mais compacto, porém sem abrir mão da qualidade. O mesmo ocorre com as pessoas na melhor idade, cujo os filhos saíram de casa e à elas não interessa mais aquele casarão. Todas estas situações precisam ser revistas na hora de se projetar um novo espaço, para que possamos atender aos anseios desta clientela cada vez mais exigente”, explicou.

Sustentabilidade 

Em alta, a sustentabilidade e automação também têm sido itens marcantes e que fazem a diferença, na hora da escolha do imóvel. Estas fortes tendências se materializam em projetos arrojados e funcionais.

“Quando falamos de sustentabilidade em projetos a gente fala também em qualidade de vida. São ambientes em que a luz natural é sempre favorecida e aproveitada, economizando, assim, energia e realçando a beleza dos espaços. Também a tecnologia, em forma de automação dão um toque sofisticado e contemporâneo ao ambiente”, relatou o arquiteto.

Outro modelo que tem se destacado são os projetos quarto/sala. “Nós vemos os filhos saindo de casa sem constituir uma família e isso tem se tornado muito comum. Os filhos saem, procuram um apartamento quarto/sala, para tocarem seus projetos pessoais, e os pais que ficam também acabam sentindo a necessidade de se mudarem para um espaço menor. Para atender a este público, muitos projetos charmosos e funcionais tem sido desenvolvidos”.

Todas as tendências da arquitetura e o que há de mais novo em projetos, que respeitam a nova configuração socioeconômica dos brasileiros, poderão ser encontrados no Salão do Imóvel Ademi 2018, que será realizado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-AL), em agosto, no Centro de Convenções de Maceió.

Fonte: Gazeta Web

Autor: Da editoria - Com assessoria Ademi